terça-feira, 27 de agosto de 2013

Comissão Nacional de Eleições dá razão à CDU e obriga Presidente da Junta de São Lourenço a repor materiais de propaganda da CDU



A Comissão Nacional de Eleições, na sequência de uma queixa apresentada pela Coordenadora de Setúbal da Coligação Democrática Unitária, “determinou” que a Presidente da Junta de Freguesia de São Lourenço deverá proceder à “reposição imediata do material de propaganda da CDU”.

A queixa da CDU foi formulada no dia 8 de agosto, depois de a presidente da Junta de Freguesia ter ordenado a destruição de um mural da CDU e a retirada de vários materiais de propaganda. O mesmo mural foi, já depois desta queixa, destruído pela segunda vez por ordem de Celestina Neves, autarca eleita pelo Movimento Azeitão no Coração — movimento de que é cabeça de lista, uma vez mais, nas próximas eleições autárquicas — e pela terceira vez repintado pelos militantes da CDU.

Na deliberação que comunicou à Coordenadora de Setúbal da CDU, a Comissão Nacional de Eleições esclarece, inequivocamente, que a CDU “pode, se assim o entender, realizar nova inscrição no muro público situado em frente às piscinas municipais”, de acordo com o que está estabelecido na lei e contrariando, definitivamente o entendimento antidemocrático que esta presidente de junta tem das suas funções.

A CNE considera que nenhum dos argumentos invocados pela presidente da Junta de Freguesia de São Lourenço para justificar este ato “procede à luz das normas que regulam a atividade de propaganda, porquanto os locais onde a mesma foi realizada são públicos e não constam do elenco de locais proibidos, bem como a mesma não está sujeita a qualquer tipo de comunicação autorização, designadamente da Câmara Municipal”.

No próprio dia em que ocorreu, no princípio de agosto, a destruição da propaganda da CDU, esta coligação pediu a intervenção da GNR, que identificou, ainda no local da ocorrência, os funcionários da junta e a própria presidente desta autarquia.



Celestina Neves, a presidente da Junta de Freguesia, confessou, perante as forças da autoridade, representantes da CDU e vários populares que assistiram a estes atos, ter sido ela própria quem ordenou a retirada e destruição da propaganda, sem, contudo, ter dado qualquer explicação para a sua decisão.
A autarca e candidata do Movimento Azeitão no Coração à Junta de Freguesia de São Lourenço manifestou, assim, e uma vez mais, a sua profunda veia antidemocrática, própria de quem considera propriedade sua a freguesia e os seus espaços públicos.

A visão autoritária da gestão autárquica que esta eleita tem não é, de forma alguma, compatível com os princípios democráticos que orientam a governação das autarquias. Esta é mais uma razão que justifica plenamente que as populações de Azeitão escolham, no próximo ato eleitoral, quem tem uma prática democrática na gestão das instituições do poder local, escolha que só poderá recair sobre os candidatos da CDU.

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